Siga nas redes sociais

Dudu do Palmeiras em esquema para não dividir bens com a ex-companheira

Foto: César Greco/Palmeiras e g1 Santos

O g1 teve acesso a uma troca de mensagens entre funcionários do jogador de futebol Dudu, do Palmeiras, que apontam um esquema para evitar a partilha de bens entre ele e a ex-companheira Mallu Ohana. Segundo apurado pela reportagem, ela assinou um documento sobre os bens sem saber do conteúdo. A partilha de bens entre o casal foi definida pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP).

Ainda conforme apurado pelo g1, com pessoas próximas ao casal, as escrituras públicas de declaração de união estável e pacto antenupcial, que estabelece um regime de separação total de bens [em que ela não teria direito à partilha de patrimônio], teriam sido assinadas por Mallu.

As folhas, referentes ao assunto, teriam sido colocadas no meio de uma papelada com outras documentações. Por isso, a mulher não sabia do conteúdo. A assinatura teria ocorrido dentro do Centro de Treinamento (CT) do Palmeiras em janeiro de 2019.

Na época, o jogador ainda estava com a companheira, mas pensava em se separar. Como ele estava sendo sondado por times da China, usou este argumento para solicitar a assinatura de documentos de Mallu. Ainda conforme apurado pela reportagem, Dudu contou com auxílio do consultor financeiro Antônio Calil.

Prints
Uma conversa entre Calil e o ex-empresário do jogador, Thiago Donda, mostra preocupação por parte do consultor financeiro. Ele diz para o empresário pedir para Dudu excluir a mensagem que havia mandado perguntando se Mallu teria direito aos bens depois de assinar “aquele papel”.

O g1 apurou que os papéis teriam sido assinados na presença de uma cartorária, que teria sido paga para formalizar as escrituras públicas. Em conversa obtida pelo g1, é possível ver a suposta negociação entre a mulher e Calil. Entre os pedidos, ela cita camisas [que seriam do Palmeiras].

Além disso, um grupo com funcionários de Dudu comemora o esquema organizado pelo consultor financeiro.

Processo
As escrituras públicas estabelecendo regime de separação total de bens foram apresentadas à Justiça pela defesa de Dudu. Porém, no decorrer do processo, que corre em segredo de Justiça, Mallu argumentou que jamais tinha assinado os documentos.

Apesar disso, o TJ-SP entendeu que Dudu deve partilhar o patrimônio adquirido entre 2009 e 2019 com a ex-companheira, pois o pacto antenupcial não retroage (tem efeito sobre o passado). Sendo assim, não valeria para antes da assinatura [em janeiro de 2019], no tocante ao regime de bens.

Desta forma, ficou definida divisão parcial dos bens adquiridos pelo casal ao longo dos anos de relacionamento.

Ex-mulher
A defesa de Mallu, formada pelos advogados Marcus Vinicius Rosa e Alessandra D. Matallo, informou ao g1 que o caso corre sob segredo de justiça. No entanto, afirmou que recebeu com surpresa a informação sobre a indução ao erro nas escrituras. Apesar disso, os advogados afirmaram que o caso sempre causou estranheza, já que a mulher negava a assinatura.

Dudu
Em nota, a defesa do jogador disse que as afirmações expostas não traduzem as decisões judiciais proferidas pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que entendeu legítimo o Pacto de Separação Total de Bens, reconhecendo a sua validade a partir da data da celebração.

Os advogados, por meio de nota, disseram que a ex-mulher do jogador renunciou ao direito de realizar provas porque sabe ter sido legítima e válida a escritura e os episódios de acusações mútuas, todas sem sentido, estão superados no processo judicial.

“As partes conversam de forma respeitosa, optam pelo diálogo e esperam que a questão seja resolvida na maior brevidade possível, dentro dos trâmites legais”.

Procurado pela reportagem, o consultor financeiro Antônio Calil não se manifestou até a publicação desta matéria.

Golpe
Além da briga judicial, recentemente, o jogador Dudu denunciou ter sofrido um golpe de R$ 18 milhões. A acusação aponta possível envolvimento de funcionários de um banco, de um cartório em São Paulo e do ex-empresário e padrinho de casamento do atacante, Thiago Donda. Estão sendo avaliados crimes de estelionato, falsificação de documento público, falsidade ideológica e associação criminosa.

A defesa de Thiago Donda, formada pelo advogado Wellington Vieira Martins Júnior, informou que provará a inocência do empresário em Justiça.

“Em respeito ao segredo de Justiça decretado nos autos, contra a vontade da defesa, pois o Thiago tem muito a dizer e certamente seria importante que tais fatos se tornassem público, para que a imagem do Thiago, desgastada de forma irresponsável e quiçá criminosa, fosse efetivamente recuperada. Porém, nesse momento a defesa se vê impedida de comentar acerca de detalhes dos fatos investigados”.

A defesa informou que está atuando para garantir que a Justiça seja feita a fim de que nenhum direito seja violado. “A verdade prevalecerá, culminando no arquivamento do Inquérito Policial”, disse.

Fonte: g1

Compartilhar nas redes sociais
Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Email
Telegram

Artigos relacionados

Notícias Em destaque

Pular para o conteúdo